Organizações ambientais e a Nação Carrizo/Comecrudo do Texas entraram com um processo legal contra a Administração Federal de Aviação depois que a Nave Estelar da SpaceX explodiu durante um lançamento de seu Estaleiro de Boca Chica, Texas, no mês passado.
A devastação causada pela explosão foi tamanha que fez poeira e destroços voarem por milhas, de acordo com uma queixa registrada no Tribunal Federal de Washington, DC. A explosão também gerou uma chama de 3,5 acres de acordo com o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos. Infelizmente, o incidente também afetou áreas residenciais de espécies ameaçadas.
A FAA é acusada de não ter feito uma avaliação minuciosa dos riscos de impacto ambiental impostos pelas operações da SpaceX em Boca Chica, o que exigia a Lei Nacional de Política Ambiental. Havia preocupações de que aumentos na probabilidade de incêndios, contaminação, luz e calor poderiam prejudicar o meio ambiente da região. O documento afirma que “uma ação significativa por parte do governo federal como lançar os maiores foguetes da humanidade deve ser analisada cuidadosamente”.
Permitir espaço para o lançamento dos maiores foguetes existentes é ação federal de grande significado que necessita de uma análise abrangente.
Contudo, a Agência Federal de Aviação (FAA) deu luz verde para que a SpaceX execuasse uma avaliação mais restrita, em vez de uma análise de meio ambiente mais extensa, após concluir que os lançamentos não teriam um efeito prejudicial notável no meio ambiente circundante. Os reclamantes estão a incitar a FAA a completar uma análise completa. Além disso, eles alegam que a FAA violou a Lei Nacional de Política Ambiental ao não examinar todas as possibilidades, incluindo o lançamento de foguetes do Centro Espacial Kennedy, em vez de Boca Chica.
O local de lançamento, que presentemente é como um campo de ruínas, se encontra dentro de uma das áreas mais ricas em biodiversidade na América, onde habitam diversas espécies ameaçadas e protegidas. Estas incluem a tartaruga marinha desembainhada de Kemp e o mergulhão, algumas aves costeiras que constroem seus ninhos nas praias de areia. Também está presente o ocelo, severamente ameaçado, sendo considerado sagrado para a Nação Carrizo/Comecrudo, de acordo com a queixa.
Juan Mancias, presidente tribal da Nação Carrizo/Comecrudo do Texas, expressou profunda tristeza porque os ancestrais foram separados da terra onde viveram durante milhares de anos por causa da SpaceX, que está usando essa terra como um local para lançar seus foguetes. Além disso, os queixosos também estão preocupados em não ter mais acesso ao Parque Estadual Boca Chica e à Praia, uma vez que os lançamentos fecharam a estrada para a área.
O órgão regulador anteriormente autorizou a SpaceX a lançar até vinte foguetes durante cinco anos consecutivos em Boca Chica. De acordo com a queixa, nos últimos cinco anos, pelo menos oito foguetes explodiram lá.
A FAA informou a The Verge por meio de um e-mail que não vai se manifestar sobre questões judiciais em andamento. A SpaceX não prontamente respondeu aos estímulos da The Verge. A SpaceX não é uma parte na ação, pois a atenção é direcionada para a FAA cumprir a National Environmental Policy Act, um sistema jurídico ambiental americano que garante que as comunidades possam rever avaliações ambientais e dar sua opinião.