A Google divulgou em um post de blog que pretende lançar novas notificações relacionadas a condições climáticas extremas. Com isso, os usuários poderão encontrar informações sobre temperaturas elevadas ao pesquisarem termos como “a onda de calor”.
O alerta informará quando uma onda de calor é esperada para iniciar e concluir em uma área, informações locais sobre o evento, e ações recomendadas para se proteger. O recurso deve estar disponível nos EUA e em vários países da Europa na segunda metade do ano, de acordo com Hema Budaraju, diretor sênior de produto para a saúde e impacto social na busca do Google.
Sentimos uma enorme responsabilidade enquanto aceleramos nosso progresso neste momento de alerta”, declarou Budaraju em um comunicado de imprensa ontem. “A mudança climática é o desafio marcante da nossa geração, trazendo novos e extremos eventos climáticos para os quais muitos de nós estamos nos adaptando.”
A empresa está construindo sobre seus esforços anteriores para manter as pessoas a par de incêndios e inundações em sua região. O Google possui um recurso de monitoramento de fogo nos Mapas, disponível em várias nações, além do FloodHub que compartilha dados de inundação em 20 países.
O calor intenso é um desastre que está sendo agravado pela mudança climática. O Google relatou que o interesse em ondas de calor alcançou um nível recorde em julho de 2022. No Reino Unido, o calor era tão intenso que as temperaturas ultrapassaram os 40 graus Celsius (mais de 104 graus Fahrenheit) em algumas regiões pela primeira vez na história. Os cientistas descobriram que, sem as alterações climáticas, seria “quase impossível” para o Reino Unido ter temperaturas tão elevadas.
As autoridades aconselharam as pessoas a evitar viajar, ficar longe do sol e não se exercitarem durante as horas mais quentes do dia durante o longo período de calor de julho. Ao final do verão, Inglaterra e País de Gales contavam com mais de 3.200 mortes por causa do calor. Centenas de milhares de indivíduos morrem anualmente em todo o mundo em decorrência do calor, no entanto, estes incidentes podem ser impedidos se as pessoas encontrarem maneiras de se manterem frescas de forma segura.
Os sistemas de alerta desempenham um papel importante, e alguns defensores pressionaram os governos a encarar as ondas de calor como a mesma gravidade de tempestades severas, exigindo preparação prévia. O governo dos EUA, onde o calor é a maior causa de morte ligada ao clima, criou em 2019 o site Heat.gov, para fazer a mesma coisa que o Google planejava. O Heat.gov mapeia quais áreas do país estão sob alerta de calor e oferece conselhos para que as pessoas fiquem seguras.
Hoje, o Google anunciou atualizações em outros projetos que desenvolve para auxiliar governos locais e entidades sem fins lucrativos a lidar com o clima extremo. Em 2020, a empresa criou o Tree Canopy Lab em Los Angeles, que ajuda os planejadores urbanos a identificar áreas com pouca cobertura de vegetação. Estes locais, conhecidos como “ilhas quentes”, podem ser amenizados através da plantação estratégica de árvores. O Tree Canopy agora foi implementado em 350 cidades ao redor do mundo, informou o Google em seu post de blog.
A Google também anunciou que a World Resources Institute (WRI), uma organização sem fins lucrativos, foi o primeiro destinatário de seus US$ 30 milhões do Google.org Impact Challenge. O projeto deles receberá US$ 5 milhões para usar sensores, imagens de satélite e Inteligência Artificial para preencher lacunas de dados, modelar a temperatura do ar, umidade, reflexão, cobertura de árvores e vulnerabilidade ao calor, segundo o post do blog do Google.
